sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Vício nos videojogos preocupa especialistas

«Se jogar só uma hora, mas está as doze horas seguintes a pensar no jogo, embora não esteja a jogar, acaba por ser um comportamento disfuncional», analisa psicóloga.

Com o avanço das novas tecnologias, surgem novos vícios, entre eles a dependência de vídeojogos.

São cada vez mais os relatos de sessões de jogo online que duram horas a fio e há mesmo quem faça dos videojogos fonte de rendimento. Mas os especialistas avisam: tal como o álcool ou o tabaco, também os videojogos podem provocar dependência.

Ricardo Pacheco é um amante dos videojogos. «Comecei a jogar com amigos, numa lan-house e foi vício à primeira», reconhece. Começou por fazer sessões de dez horas diárias que entretanto reduziu desde que se apercebeu que tinha mais jeito para o jogo que a maioria e virou jogador semi-profissional.

As sessões longas em frente ao computador preocupam os especialistas, como reconhece a psicóloga Mafalda Ferreira: «A preocupação é o tempo que despende no jogo, a preocupação com o jogo e o que deixa de fazer na sua vida para jogar».

Ricardo é presença habitual em torneios internacionais de «Counterstrike» e já ganhou vários milhares de euros. Actualmente joga quatro a cinco horas diárias para conseguir manter o nível.

Mas, muitas horas de jogo não têm de ser sinónimo de vício. Tudo depende das consequências que o jogo provoca no dia-a-dia. «Se jogar só uma hora, mas está as doze horas seguintes a pensar no jogo, embora não esteja a jogar, acaba por ser um comportamento disfuncional», analisa Mafalda Ferreira.

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